25 de fevereiro de 2010

Há coisas fantásticas não há?
"Walking on a dream"

Diva Oliveira nº12


12 de fevereiro de 2010

Uma Viagem, novas cultura, novos horizontes

Hoje, quarta-feira, cheguei ao meu destino. Talvez não seja o sítio mais atractivo para se ir de férias, mas a verdade é que não estava com vontade nenhuma de passar outra vez o Verão na praia, apenas a apanhar sol como aqueles a quem a curiosidade não toca. Eu queria ir mais além, conhecer novos mundos, novas culturas, novas pessoas. Por isso, aqui estou eu na Roménia, destino longínquo onde nunca tinha pensado ir.
São oito da manhã, hora local, e acabei de chegar ao aeroporto. O ambiente aqui está uma completa confusão e mal consigo descobrir onde é a saída. O dia lá fora está claro e apesar de sentir um pouco frio, tenho vontade de partir já para a aventura. No entanto, decidi ficar a manhã no hotel a arrumar as coisas e a descansar depois da longa viagem.
À tarde saí para almoçar. Foi difícil saber onde, mas perguntei a um homem que estava a passar na rua e este respondeu-me num inglês pouco correcto: - There a shopping – disse ele apontando para a direita. Agradeci e segui pela estrada indicada. No shopping era possível identificar a presença de estrangeiros, no entanto, ainda mais impressionante era a enorme quantidade de pessoas ciganas que frequentavam aquele local. Nesse dia e ao longo dos dias seguintes fui tomando consciência que afinal a Roménia é um país visivelmente marcado pela presença deste grupo étnico.
Assim, durante o tempo em que estive no país procurei estar em contacto com pessoas ciganas ou que conhecessem algo sobre a sua cultura, pois a sua grande relevância na sociedade romena suscitou-me bastante interesse.
Os ciganos constituem um povo originário da Índia, que se espalhou por todo o mundo e que, actualmente são, muitas vezes, vítimas de discriminação e racismo nos países onde vivem.
Os ciganos consideram a família sagrada e por ela têm muito respeito. Em geral, constituem famílias muito numerosas e com uma organização fixa. Em relação a isto, podemos notar uma certa divergência relativamente à nossa sociedade, visto que as famílias são cada vez menos valorizadas e cada vez menos é o número que constitui o agregado familiar.
O filhos ciganos representam uma forte fonte de subsistência para a família e começam desde muito cedo a trabalhar, muitas vezes com os pais em feiras ou outros pontos de venda ambulantes, dado que o comércio é uma actividade típica da cultura cigana. As mulheres costumam ficar em casa a cuidar da casa e das crianças ou, por vezes, sujeitam-se à prática de pedir esmola ou à de leitura de mãos como forma de ganharem dinheiro.
Em contraste, nas nossas sociedades, as crianças frequentam a escola durante vários anos e as mulheres têm a possibilidade de trabalhar fora de casa e obter um emprego nas mesmas condições de um homem.
Outro dos pontos de contraste familiar que se verifica é o extremo respeito e importância que os idosos têm no grupo cigano. Para os ciganos os mais velhos são guardiões e transmissores da sua cultura e portanto têm grande relevância na sua hierarquia familiar. Ao contrário, na nossa sociedade, os idosos são considerados como pessoas de menos valor porque não contribuem economicamente, constituindo na maior parte dos casos uma fonte de despesas adicionais.
No cultura cigana, o casamento é, uma das tradições mais preservadas porque representa a continuidade da raça. Este acontece essencialmente entre pessoas pertencentes ao mesmo grupo, sendo que por vezes, o casamento é planeado pelos pais, não tendo os filhos liberdade de expressar a sua opinião.
Outro dos aspectos da cultura cigana é a crença no destino, denominado na filosofia como determinismo. Assim, segundo os ciganos, o destino das crianças é traçado ao nascerem e permanece inalterável ao longo de toda a sua vida.
Ao nível religioso os ciganos, ao contrário da maioria das etnias do mundo, não têm uma religião própria. Para este povo, o mundo do sobrenatural restringe-se à presença de uma energia benéfica, Del ou Devél, e de uma energia maléfica, Beng,
Para além disto, os ciganos também acreditam na vida após a morte e que tudo na vida está escrito nas estrelas.

No final desta viagem, concluí que a cultura cigana apresenta características bastante peculiares e que tem muitas diferenças quando comparada com a nossa cultura.
Assim, após dois meses na Roménia, dou por terminada a minha viagem.

Tibete

Liberdade. Um dos meus bens mais preciosos que tenho presente no meu dia-a-dia. Um bem que é quase vital, e infelizmente, não é universal.
Lembro-me quando fui ao Tibete, na busca da me completar e enriquecer pessoalmente, fui visitar um budista. Durante a minha viagem até ao templo, vi inúmeros militares nas ruas, pessoas sobre carregadas com trabalho, e nesta única, singular e pequena aldeia, ninguém tinha a possibilidade de ser libertino, ou mesmo de seguir uma carreira, ter formação. Poucas crianças sabem ler e escrever, pois por volta dos 6/7 anos vão ajudar os pais, no campo e/ou levam o gado a pastar. Quem tem formação por pouca que seja é proveniente dos monges no templo. Pessoas imensamente sábias com quem tive o privilégio de dialogar.
Vim com toada a liberdade de Portugal para cá, e agora sinto-me ígoista. Tantas pessoas que precisam de um bocadinho, por mais pequeno que seja de liberdade, e eu sem consciência da minha libertinagem.
Em Sacha, naquela pequena aldeia toda a população subsistia da agricultura, mas principalmente da pastorícia. Um clima frio, nas montanhas, com solos pouco férteis e vegetação principalmente rasteira. As pessoas vivem em casa simples, pobres mas com a sua família. Vivem juntos e convivem frequentemente falando de tudo, pois toda a gente tem a ver com tudo - nesta pequena aldeia - mas principalmente são humildes. Admiro-os, principalmente a sua humildade. Sempre que posso falo com eles não só para melhorar o meu Mandarim mas também porque sempre que dizem alguma coisa são honestos e puros, não estão corrompidos pelo dinheiro nem pela ganância, apenas subsistem...
Foi a minha melhor viagem, a melhor viagem ao meu eu, e em vez de apenas me enriquecer espiritualmente através dos monges, principalmente cresci, pela interacção com a simplicidade destas pessoas, que vivem ''presas'' sem Liberdade.

11 de fevereiro de 2010

Trabalho enviado a 11 de Feverreiro e por lapso esqueci-me de identificar o trabalho.
Simão nº24

A viagem

Vou falar-vos da esperiência que tive fora do meu país de origem.
Na minha chegada ao aeroporto de Paris pensei que esta viagem seria tudo diferente, pois as experiências que sentiria seriam de uma maneira totalmente diferente. Ao sair do aeroporto nada me pareceu estranho, mas à medida que andava assitia a costumes diferentes aos dos meus, senti uma sensação de deslocação. Pensei que esta experiência permitir-me-ia evoluir de uma maneira a conseguir e habituar-me aos costumes dos outro povos. Ao chegar ao hotel tirei as malas e sai, ao ver as pessoas á minha volta percebi que tudo seria diferente, as pessoas comprimentavam-se dando quatro beijos na cara em vez de dois e comiam caracois e pernas de rãs era uma sensação estranha pois nuca tinha visto alguém a fazer isto.
No segundo dia decidi visitar a Torre Eiffel. Ao ir, vi que não estava tão feliz como pensaria e tinha um sentimento de solidão, questionei-me porque senti-me assim, á medida que o dia passava este sentimento não desapareceu.
No terceiro dia ao ir embora, apercebi-me porque me senti assim e a razão era, não tinha ninguém com quem partilhar a diversão e por isso, apercebi-me que a diversão só atinge o seu máximo se tiveremos alguém com quem possamos partilhar.

Cultura Indiana

A Índia tem uma longa história de milhares de anos.
Povos de diversas origens têm chegado à Índia e integraram-se na cultura indiana, uma cultura muito complexa e rica. Muitas são as línguas faladas, sendo o Hindi & Inglês as mais usadas.
Berço de diversas grandes religiões, a prática religiosa integra o quotidiano da sociedade. A maior religião do país é o Hinduísmo, embora grupos significativos pratiquem o Islamismo, o Jainismo, o Siquismo, o Cristianismo e o Budismo. Um dos aspectos da cultura indiana, apesar de oficialmente banido, é o sistema de castas da Índia, característico dos hindus. Casta consiste num grupo social hereditário, no qual a condição do indivíduo passa de pai para filho. Este grupo é endógamo, isto é, cada elemento só pode casar-se com pessoas do seu próprio grupo.
Celebram-se diferentes festivais, dentro das diversas religiões e comunidades. No entanto, todos os indianos gostam de participar em todos estes festivais, mesmo que não sejam directamente relacionados com as suas comunidades ou religiões. Esta atitude promove a unidade entre os indianos. O desporto também é responsável pela promoção da cooperação e solidariedade entre os seus praticantes e adeptos, ultrapassando os sentimentos que acompanham os vencedores e derrotados.
O “respeito pelo outro” e a entre - ajuda são uma lição ensinada desde a infância na cultura indiana, sendo considerados valores primordiais presentes em todos os povos, independentemente das suas crenças. Tocar nos pés das pessoas idosas é uma maneira de mostrar o respeito. Tratar os convidados como elementos da família é também um hábito deste povo, tendo como virtude a grande hospitalidade.
Os indianos usam roupas tradicionais, como os sarees, kaftans, echarpes e lenços, feitos de sedas fabricadas no próprio país. As mulheres usam um pontinho vermelho na testa. O bindi, como é chamado, é parte da herança e cultura da Índia. Este tradicional pontinho vermelho é geralmente feito de um pó de tom avermelhado. “ A beleza de uma mulher é multiplicada 1000 vezes quando usa um bindi “, é um provérbio Hindu que evidencia a importância deste acessório na comunidade indiana.
A comida é uma parte importante da cultura indiana, desempenhando um papel importante tanto na vida diária quanto nos festivais. A culinária indiana é caracterizada pelo uso de muitas especiarias.
Os animais são muito importantes na vida dos indianos. Camelos e elefantes são usados como meio de transporte, ratos são animais de estimação e a vaca é o animal sagrado dos Hindus, não sendo, por isso, uma carne utilizada na sua alimentação.
Podemos concluir que a Índia é um país de cultura diversificada, baseada na religião que cada um adopta. As grandes diferenças entre esta cultura e a portuguesa são notórias, quer nas crenças, alimentação, vestuário e tradições, o que dificultaria a integração de um português nos costumes da sociedade Indiana.

10 de fevereiro de 2010

Arábia Saudita

Finalmente cheguei á Arábia Saudita. Vim a este país conhecer o islamismo. A capital da Arábia Saudita é Riade e a sua lingua oficial é árabe - "Como se escreverá o meu nome em árabe?" - foi esta a pergunta que me surgiu, fui procurar e encontrei esta tradução, que é (não deu para copiar mas se tiverem interessados podem ir ao tradutor do google). Agora o islamismo tem se falado muito por causa do Abel Xavier que se converteu ao islamismo e mudou o seu nome para Faisal, parece Faisão.

Quando estava em Riade estava á procura de algum sitio ou alguem que me pudesse explicar o que o islamismo, procurei e até que encontrei um senhor muito simpático que me pudesse explicar. O que ele disse foi o seguinte: "Uma das quatro religiões monoteístas baseada nos ensinamentos de Maomé (570-632 d.C.), chamado "O profeta", contidos no livro sagrado islâmico, o Corão. A palavra islã significa submeter, e exprime a submissão á lei e á vontade de Alá. Seus seguidores são chamados de mulçumanos, que significa aquele que se submete a Deus...", o senhor era muito sábio.

De seguida comecei a minha aventura pela Arábia Saudita. Primeiro fui visitar um dos lugares mais interessantes da cidade, o Museu Riyadh. Uma vez ali pode visitar a sala etnográfica e a sala principal, onde encontrará interessantes mostras geográficas e arqueológicas. O museu conta assim mesmo, com numerosas testemunhas de arte islãmica.

Depois de ter ido visitar esse museu só pensava em comida, logo, fui procurar um bom sítio para comer. Descobri que não se podia comer porco nem beber álcool, e vi no menu de um restaurante: kebab, homos, kultra, mezze e muhalabia. "Mas que comida é esta? O que hei de escolher?", olha a sorte minha que havia um emigrante português que me disse o que era cada comida. Acabei por comer kultra que é uma espetada de galinha.

Queria levar uma recordação daquele paí, logo, fui á procura de qualquer coisa engraçada. Mas sítios a vender era o que não faltava, havia barracas a vender jóias, tapeçarias, produtos de banho, objectos de luxo, roupas étnicas, incenso e peças em bronze, "O que vou escolher? Parece tudo tão caro!". Acabei por comprar umas peças com um sinal proibido e um porco por baixo, uma pena que não se pode comer porco.

Vim para Portugal no dia seguinte, foi uma grande aventura e aprendi muito sobre a Arábia Saudita e o islamismo. Tive uma grande história para contar a toda a minha família e amigos.

André Silva Nº7
Encontro-me em Marrocos, são 14h e 32 minutos. Este é um país localizado no noroeste de África onde um dos seus limites é o estreito de Gilbraltar, a sul encontrasse o deserto Saara Ocidental, território que lhes pertence. A capital é Rabat. - “Isto não significa coelho em Inglês?? Que nome giro para uma capital” Esta cidade foi fundada em 1150 pelo sultão Almóada Al Abd, “este livro fala “bué” deste país, vou comprá-lo para aprofundar os meus conhecimentos.” No livro diz que: “O Palácio Real e a Mesquita Real situam-se em Rabat, assim como a Kasbah de Odaia, algo semelhante a um cortiço, com residências brancas de janelas azuis, portas decoradas e pequenas ruelas onde poucas pessoas transitam.
Em Rabat também se encontra o Mausoléu de Mohamed V (concluída em 1971), na parte oposta a Torre de Hassan, onde estão as tumbas do Rei marroquino e de seus dois filhos.
Rabat não é tão exótica quando Marrakech e Fez, mas é um lugar cheio de histórias e tradições milenares.”
“O que irei visitar?? Há tanto por onde escolher…”
“Vou começar pela Torre Hassan.”
Esta torre é o minarete de uma mesquita incompleta aqui em Rabat. Iniciada em 1.195 dC, esta foi destinada a ser o maior minarete do mundo junto com a mesquita. Em 1199, Sultan Yacoub al-Mansour morreu e construção da mesquita ficou parada. A torre só atingiu 44 m, cerca de metade dos seus destinados 86 m de altura. O resto da mesquita também foi deixada incompleta, com apenas o início de várias paredes e colunas que estão a ser construídas. A torre, feita de arenito vermelho, junta com os restos da mesquita e do Mausoléu de Mohammed V moderno. Este livro é uma mais valia sem ele estava feito. Já que visitei um monumento e por sinal muito bonito, vou parar para jantar e ler um pouco sobre a cultura deles.
No Restaurante Marroquino, 18h e 21 minutos: “O que é bom come-se aqui!” – “Quero ver isso, vai ser bom provar comida daqui.”
“Meu senhor traga-me um de TAJINE (Trata-se de um estufado de borrego (ou frango) em escabeche. A sua variante com peixe chama-se "hout"). E uma de HARIRA (É uma sopa rica de lentilhas), o que é que será isto??”
Estou aqui a ver que a cultura destes “tipos” são varias numa só. Que estranhos.
Neste livro diz: “A cultura marroquina é uma mistura de cultura africana, Europeia e muçulmana. É uma cultura ancestral, mas muito misturada em algumas questões dos nossos dias. A mulher não possui muitas liberdades na cultura muçulmana, contudo, pouco a pouco, com a influência do Ocidente, tudo está a mudar.”
Esta cultura é muito estranha para mim é muito diferente, “Cultura Ancestral! O Que é que é isso?? Uma cultura dos astros só pode.”

“Esta é uma cultura totalmente distinta a qualquer cultura que possamos encontrar na Europa. De qualquer maneira, as pessoas não são muito fechadas, e se for uma pessoa respeitável e com uma mente aberta, não tardará a fazer amigos entre a população local.Assim sendo poderão convidar-te a comer em casa, sendo que, se tal acontecer, algo que terás que fazer antes de entrar numa casa marroquina, é descalçar os sapatos. Também levar uma oferta é um costume típico em Marrocos.Na cidade, é costume haver uma espécie de pastéis ou açúcar com brindes, enquanto que no campo, é comum levarem frango vivo como brinde ou oferta.Ser convidado a comer numa casa marroquina, é o melhor passo que pode dar para conhecer a sua cozinha/ gastronomia e a sua cultura. Em Marrocos é comum comer-se com as mãos. “Será que lavam as mãos pelo menos??”.
Se comer com as mãos, deves fazê-lo com a mão direita, pelo que a mão esquerda é a que se usa no banho.Infelizmente, a maioria dos visitantes vê a sua entrada proibida nas mesquitas, um lugar sagrado para os muçulmanos e no qual somente podem entrar muçulmanos. Noutras partes do mundo, entrar numa mesquita não é problema, aqui, é.À margem das mesquitas, a maioria dos monumentos podem ser visitados pelos turistas, e a entrada é até gratuita.Marrocos é um país muito religioso e é considerado como o menos árabe dos países árabes.Muitos dos seus cidadãos são de origem berbere.”
“Ao menos são hospitaleiros e pessoas simpáticas, por cá não há muito disso, estou tão entretido a ler sobre a cultura deles que até me esqueci de comer. Vamos lá provar isto!”
“Que delicia! Bem dizia aquele provérbio: “Os nomes mais esquisitos, são os que sabem melhor”.
Vou agora de volta para o Hotel, ansioso para ver o que me espera amanhã…
Miguel Rodrigues Nº 19

A Realidade a nossa frente



“Aí, mas porque raio é que a stora teve que nos mandar fazer mais um trabalho? Ainda por cima sobre um povo e a sua cultura, no que é que isto nos vai ajudar a comprender a matéria? Só mais um trabalho estupido”.
É VERDADE, este foi o meu primeiro pensamento, um pensamento infantil, um pensamento inócuo. Não tenho medo de o dizer, porque sei que errei mas tambem sei que aprendi com esta atitude incompreensivel.

Ou a Filosofia vale ou não vale a pena
Se vale, deveis Filosofar
Se não vale, tendes que mostrar que não vale
Pelo que tereis de filosofar também
De uma forma ou de outra
Há que Filosofar

Eram quinze horas e eu estava em frente ao computador a pesquisar, a pesquisar sem rumo até que encontrei um povo, um povo que vinha ao encontro do meu pensamento.
Fui ao famoso motor de busca e escrevi “Povo pigmeu”, li e reli toda a informação até ganhar a confiança necessária para começar a redigir o meu trabalho.
O povo pigmeu é conhecido pela sua baixa estatura ,a sua religião não é muito uniforme
entre todos, mas crêem num Ser Supremo criador, que se personifica no Deus da selva, do céu e do além. Este povo é alvo de preconceito, de escravidão e por vezes de canibalismo dos povos Banto.
Os pigmeus tem como valor primordial a Natureza, esta para eles é uma mãe amorosa que os acolhe, nutre e protege. Pigmeu, é um povo que luta pela sua sobrevivência, e diferente da maioria dos homens este só extrai da natureza o que é preciso para garantir a sua sobrevivência. Apesar de não ser um povo industrializado é um povo tão inteligente ou até mais do que qualquer outo, pois este tem a consciência de que todos nos devemos preservar a natureza e que prejudicando-a estaremos a prejudicarmo-nos a nós mesmos. Depois deste acumular de informações comecei a reflectir questionando-me: Será que me enquadraria bem neste povo? A sua pirâmide de valorativa será identica a nossa? Hoje em dia , infelizmente não damos o devido valor a nossa mãe Natureza, é ela que nos fornece tudo do que mais necessitamos mas nós, seres insignificantes em vez de a preservarmos, destruia-mo dia a após dia, ano após ano. Vivemos num mundo de consumo excessivo.

“A Natureza é o unico livro que oferece um conteudo valioso em todas as suas folhas”

Johann Goethe


Venero este povo pelo facto da Natureza ocupar o topo da sua pirâmide valorativa, mas penso que não me ia adptar ao seu modo de vida, aos seus costumes, pois de acordo com a teoria das necessidades de Maslow a base da minha piramide já esta concedida, as necessidades Fisiológivas e as necessidades de segurança estao presentes no meu dia-a-dia, por esse mesmo facto que caso muda-se neste momento para um povo pigmeu ia ter dificuldades na adaptação principalmente por causa da falta das necessidades básicas.
Depois de concluir este trabalho percebi mais uma vez, tal como no inicio desta caminhada filosófica que devemos manter o nosso espiríto de curiosidade, questionando-nos acerca das infimas e insignificantes coisas.
Beatriz, nº1

Nós e os outros


Sempre pensei em como seria caso me voluntariasse para prestar ajuda em África. Sei que teria de deixar tudo o que mais valoro para trás, os amigos e a família e avançar para um mundo completamente novo e desconhecido.
Uma noite, sonhei que estava em frente a um pequeno edifício de pedra, onde várias pessoas de aspecto miserável e olhos suplicantes por ajuda estavam encostadas á parede. Mordendo o lábio inferior entrei no pequeno edifício com a saca ao ombro com alguma roupa, uma ou outra recordação e uma pequena maquina fotográfica.
Fui ter com um homem que estava a vacinar uma menina. Esta não devia ter mais que sete anos e olhou para mim muito assustada.
- Desculpe, sou a nova voluntaria… - Comecei por apresentar-me.
- Tenho muito que fazer! Tome esta chave e tente encontrar o seu quarto, peça ajuda a alguém se não o encontrar. – Interrompeu-me ele dando-me a chave sem tirar os olhos do que estava a fazer.
Devido á minha evidente falta de sentido de orientação, acabei por me perder.
Pedi a uma rapariga de doze anos que passava por ali para me ajudar. Enquanto caminhávamos, reparei que ninguém por quem passávamos sorria… Limitavam-se a olhar para o vazio, era como apenas estivessem os corpos sem alma…
-Porque é que não sorriem? – Perguntei eu á menina.
- Neste lugar o sorriso é sinónimo de esperança… Aqui as pessoas limitam-se a existir até morrer, para nós a esperança extinguiu-se completamente.
Olhei para ela admirada em como uma criança tão jovem tinha tanta noção do meio que a rodeava.
- Diz-me… Se pudesses um desejo, qual pedirias?
A menina pensou um pouco. Olhou para mim com os seus olhos grandes negros e sábios e disse-me:
- Sabes… Quando a minha mãe era viva, ela sorria muito para mim e dizia que tudo ia correr bem. Que íamos ser felizes. Nesses momentos eu fui feliz… o meu maior desejo era ter a minha mamã de volta e essa felicidade que ela transportava sempre com ela.
Vieram-me as lágrimas aos olhos. Fiquei surpreendida com a força e inocência daquela criança. Peguei na saca que trazia e tirei de lá um pequeno anjo. Ela sorriu timidamente durante tempo suficiente para lhe poder tirar uma fotografia. – Vês? És tão bonita a sorrir! Tens de me ajudar a toda a gente daqui!
Ela sorriu, pegou na minha mão e ambas continuamos a caminhar.
Nesse momento acordei. Pus-me a pensar no estranho sonho que tivera e naquela menina tão corajosa.
Saí de casa para ir para a escola e, no caminho, ouvi uma rapariga a comentar com a amiga que perdera o telemóvel que recebera á seis meses atrás de propósito apenas para receber outro.
Fiquei enojada com aquele comentário, mas tal fez-me concluir que o mundo caminha a um passo cada vez mais rápido para a auto-destruição e que poucas pessoas lutam para o evitar.
Por vezes ficamos amuados pelos pais não nos darem o que queremos e alguns de nós nem comem enquanto os caprichos não forem satisfeitos, sem pensar nos nossos pais que trabalham para nos proporcionar uma vida boa e feliz sem esperar um agradecimento em troca, agradecimento que raramente damos. Enquanto isto acontece, numa outra parte do mundo há crianças que anseiam pelo amor e carinho dos pais. Esses pais muitas vezes já não existem e partem não podendo proteger os filhos do mal que os rodeiam.
Com este texto pretendo dizer que devemos pensar duas vezes antes de dizer “odeio-te” aos nossos pais e que não devemos valorar os bens materiais mas sim os sentimentos, pois são estes que nos fazem felizes e tornam a nossa vida mais cheia.

Ana Filipa, nº4
10ºE

Para lá do oceano, há um novo mundo à descoberta - Líbano



Querido Diário,

Hoje não sei por onde começar … Poderia dizer que cheguei ao aeroporto e tal, tal, tal. Mas prefiro informar-te primeiro de onde estou: hoje comecei uma das maiores aventuras da minha vida: neste momento estou no quarto do hotel deitada em cima da cama, a escrever, depois de um tão longo dia que foi este. E sabes onde é esse hotel? No Líbano, precisamente em Beirute.

Foi um dia curioso acima de tudo, por um lado porque hoje senti que estou a ver para além daquilo que estava tão habituada, àquelas 4 paredes da minha casa, àquele país, àquelas culturas e a todas as tradições, já metódicas. Aqui no Líbano, é difícil explicar: tento parecer-me ao máximo como uma local, para isso fiz questão de não usar decotes, nem saias curtas, nada de partes do corpo muito expostas, e como o esperado, comprei uma linda burca lá num mercado. Era sem dúvida um mercado encantador, nada a ver com os de lá de S. João. Era um mercado ao ar livre, mas em tudo havia cores, música típica, cheiros exóticos, era o verdadeiro testemunho de uma cultura à qual ainda me estava a adaptar. Por cada passo que andava, via mais uma especiaria, ou algo que a eles chamam “comida”, mas comer aquilo? Nem me atrevo!

Mas voltando ao início… quando cheguei ao aeroporto de Beirute, depois de horas e horas de viagem, e de constantes mudanças de posição para conseguir encontrar a mais confortável para uma soneca, a minha barriga dava horas e apressei-me a ir buscar as malas e encontrar um café. Saí a correr do aeroporto e parei numa tasca engraçada, li a ementa e nada me soava bem, por isso optei por escolher o “hommus”, mas rapidamente me arrependi. Estava eu sentada numa mesa, a apreciar a paisagem, quando a minha tão esperada comida chegou, deparei-me com uma mistura cor de pele, que pelos visto, era feita de puré de grão-de-bico e pasta de ervilhas. Nem sequer foi capaz de me atrever a comer … Apenas paguei, e regressei ao que me interessava: descobrir a magia de todo este pais!

Tive então que planear bem o que queria fazer neste dia, sendo assim, decidi que primeiramente iria visitar a Mesquita Haj Bahaa – um dos grandes símbolos da religião islâmica, a peça central do país. Tentei envolver-me um pouco do clima dos muçulmanos e desfrutar ao máximo de toda a paz e bem-estar que aquele sítio me transmitia.

Precisava realmente de comer, e desta vez, optei por um restaurante em frente à Mesquita no qual se encontrava muita gente, e tive mais cuidado em informar-me acerca da ementa. Portanto acabei por comer uma salada com folhas de hortelã e salsa, que se não me engano, chamava-se “tabbouli”, claro que nada comparado ao arroz de pato da minha mãe!

Digamos que até aqui, poderia descrever o Líbano como um país óptimo, com grandes costumes, gastronomia e uma imensidão de coisas por descobrir. Mas foi então que … Durante a tarde, enquanto tentava dirigir-me para a zona central da cidade, para ir ao mercado que já referi anteriormente, cometi um erro e enganei-me no caminho. Só aí me apercebi da grande desigualdade que havia com as mulheres: a diferença entre o lugar que homens e mulheres ocupavam na hierarquia da sociedade. Os homens eram autênticos donos das mulheres, e nem elas próprias tinham noção do quanto eram oprimidas e desrespeitadas. As mulheres Libanesas não têm direito a nada, têm de seguir uma beleza e um comportamento já delimitado para que a sociedade as aceite. Têm direito à educação, mas não da mesma forma que os homens, não podem ser donas de empresas nem de identidades públicas, não podem dar nacionalidade aos filhos, não podem fazer nada sem os Homens por perto.

Senti-me ridícula ao ver aquelas mulheres, ao ver ao que se tinham de rebaixar e aceitar para que a sociedade não lhes desse nada em troca, o que tinham de fazer para sobreviver simplesmente. Tentei sair o mais rápido possível daquela zona, e consegui com alguma facilidade regressar ao centro de Beirute, e explorar todo aquele mercado.

Quando dei por mim, estafada, o dia já se tinha perdido, e já era hora de jantar, para chegar cedo ao Hotel e aproveitar a noite para descansar. Acabei por ir a um restaurante muito conhecido no centro e lá tive o prazer de dançar “dabke”, uma dança típica, em que várias pessoas dançam ao mesmo tempo de mãos dadas, e andam em círculos através dos passos que as conduz.

E agora estou aqui, a escrever… A grande conclusão que tiro deste dia é que por detrás de uma paisagem digna de um filme de Hollywood como esta, podemos descobrir o lado obscuro de uma sociedade e cultura.

Amanhã será um novo dia, mas a ideia constante que atravessa a minha mente, faz-me pensar realmente o lugar que a mulher toma no mundo! O mundo não é dos Homens, é de todos nós, por isso, é cada vez mais importante, que nós, MULHERES, mostremos todo o valor que se esconde por detrás de cada uma, e o quanto todo o Mundo e todos os Homens precisam de nós. Sinto-me feliz, porque acredito que vou enriquecer muito com esta cultura e que de certa forma estou a conseguir envolver-me nela, sentindo tudo de todas as maneiras.






Um outro mundo - Guiné


Tudo começou quando a minha escola fez um aviso aos alunos para saber quem queria participar no intercâmbio, fazendo depois um sorteio. Teríamos de ir para o país que fosse proposto mas também teríamos de acolher um aluno desse mesmo país e dessa mesma escola. Pensei em aderir mas ao mesmo tempo eu não saberia como lidar com alguém com culturas tão diferentes da minha.
Bem… isto tudo são menos pormenores e a realidade é que me inscrevi nesse dito sorteio. Passadas mais ou menos duas semanas, i sorteio foi feito e adivinhem… fui sorteada. Fantástico!
Começamos os preparativos para irmos e também para recebermos os alunos.
Eu estava preparadíssima para esta viagem “Perfeita”.
O país que me foi proposto foi Guiné, aceitei de imediato, tinha de lá estar durante uma semana e a aluna viria para Portugal para minha casa também uma semana.
Partimos assim que regressamos das férias da Páscoa. Ainda me lembro como se fosse hoje. Quando lá chegamos fiquei apavorada, nunca tinha visto nada assim. Este país é magnífico mas ao mesmo tempo faz-nos ficar revoltados, pois as pessoas mostram nas suas faces medo, pobreza, ódio, tristeza, dá para ver algo assim faz-nos sentir pequeninos.
Foi para casa, ou melhor dizendo, para uma tenda construída em palha, mas mesmo assim fui muito bem acolhida, adorei a humildade daquelas pessoas e o clima tropical.
Penso que pela primeira vez na vida vivi de uma forma simples, sem estar rodeada por maldade, falsidade mas sim com alegria e amizade.
Em Portugal, eu tinha valores diferentes daqueles que tive de adquirir naquela semana. Eu tinha de sobreviver, não tinha tudo o que tinha no meu país, não precisava das tecnologias, aprendi novas culturas e principalmente fiz amigos para a vida.
A vida daquelas pessoas é extraordinária. Eles não têm tudo á mão, têm de procurar, cultivar e mesmo assim têm tempo para dar valor á família, aos amigos, ao que verdadeiramente interessa, os valores espirituais.
São fantásticos e diria mesmo, são exemplos para todo o mundo.
Podem ser pobres mas não são arrogantes e oferecem o que têm, mesmo sendo pouco.
Hoje digo com toda a certeza que naquela semana aprendi mais que durante os meus 16 anos.
A vida é curta de mais para ser desperdiçada e o ódio não nos leva a lado nenhum.
Vivam com pessoas de outras culturas diferentes e verão que há algo de errado na nossa moral, devendo então tentar mudar o que está errado.
Vânia Vieira, nº25
10ºE

À descoberta de um novo país - TUNÍSIA

TUNÍSIA! Sim, Tunísia foi o destino que me saiu para realizar um trabalho para a faculdade e vou permanecer lá 5 dias. Por um lado até estou bastante entusiasmada, pois já estive em Hammamet, mas só como visitante turística e agora vou para lá e vou tentar “ser” uma tunisina. Por outro lado, estou um bocado receosa, pois não sei se vou ser capaz de cumprir com todos os costumes. Neste momento estou…stressada! definitivamente, pois a viagem é já amanha pelas 7h e ainda tenho que acabar de fazer as malas, mas não vou levar muita roupa, pois já sei que vou ter que usar outros tipos de vestimenta.
Finalmente cheguei, está um calor insuportável, mas para esquecer isso deparei-me com o exotismo do mundo árabe. Hoje, não vou investigar nada fora do hotel, vou-me limitar a ambientar-me e fazer uma pesquisa mais aprofundada. Acabei de descobrir que a maior parte da população é muçulmana, e a língua oficial é o árabe, mas também se utilizam línguas berberes e o francês. Agora vou descansar pois a verdadeira viagem começa amanhã, estou entusiasmadíssima!
Hoje é o terceiro dia, não escrevi nos outros dias pois tenho andado muito stressada, e ao mesmo tempo entusiasmada, tem sido alucinante! Descobri que a Constituição da Tunísia concede a liberdade de religião, a menos que perturbe a ordem pública. Contudo, o islamismo restringe o uso do hijab (lenço islâmico) nos gabinetes governamentais e em algumas reuniões. Durante estes três dias, já tive tempo de visitar diversos sítios, tais como zonas mais rurais, e foi aí que fiquei um bocado espantada. Foi impressionante, ver o contraste de uma zona rural, para uma zona mais turística. No local que visitei, vi mulheres cheias de roupa, a tapar tudo que era partes do corpo, a realizar práticas religiosas em tudo que era sítio, tudo por uma questão de sobrevivência. Para além disto também visitei locais em que as mulheres entravam por um lado e os homens por outro, são um povo um pouco racista, e também os tunisinos preservam muito a família, é um dos valores primordiais para eles pois não aceitam que um filho deles se apaixone por uma pessoa de outra nacionalidade, o que eu não acho correcto.
O culto da personalidade e da pátria é mais do que evidente, pois em todos os espaços públicos estão expostas fotografias oficiais do presidente e a bandeira nacional está espalhada por todo o lado.
Para finalizar a minha viagem fui visitar a Medina de Túnis. É um sítio vertiginoso, ruas estreitas em labirinto, onde tudo se regateia e onde há de tudo o que se possa imaginar, principalmente especiarias.


Contudo isto, acho a Tunísia um país com muita diversidade cultural, o que faz com que haja um grande contraste nos diversos locais da Tunísia. No entanto acho que não devia haver assim tanta diversidade, e não haver tanta diferença entre os povos, pois acho que é um pais de extremos, ou se é rico ou se é pobre e a Tunísia como é um país moderno e aberto a novas coisas devia ter em consideração este aspecto. Em suma, esta viagem ajudou-me muito, não só a nível profissional, mas como a nível pessoal, pois aprendi, que não devemos ser descriminados pela nossa cor, raça, sexo, religião ou cultura. Nós somos como somos e ninguém tem o direito de nos descriminar por isso, devemos funcionar como um só para termos um mundo melhor.


Viagem ao Japão

Até que enfim!
Tinha chegado ao Japão após uma longa viagem de avião. Foi a primeira vez que tinha andado de avião, e estava tão enjoado que me senti feliz por sair deste. Eram 9:00 horas de Sábado e tinha que aproveitar bem os dias pois só lá ia estar o fim de semana. Chamei um taxi e dirigi-me ao hotel onde iria ficar hospedado.
Depois de arrumar as minhas coisas, descansei um bocado e peguei logo na minha câmara fotográfica e saí á rua. Bem, este ambiente era bem diferente do nosso. Para além de "terem os olhos em bico" também se distinguiam de nós, portugueses, por outras razões. Tinham uma cultura bem diferente da nossa, diferentes hábitos e costumes, uma religião diferente e uma línguagem bem complicada. Logo eram muito diferentes de nós.
Eram 12:00 e a minha barriga já estava "a dar horas". Bem, restaurantes não era o que faltava. Entrei no que tinha um melhor aspecto, e veio logo um senhor tirar-me o casaco e indicou-me uma mesa para eu me sentar. Agora era a parte mais difícil pois tinha que escolher o comer. Escolhi o que tinha melhor aspecto, mas quando comecei a comer, aconteceu-me outro problema. Como é que se come com pauzinhos?
Passei a maior vergonha da minha vida, pois tive de pedir uns talheres. O sabor não era muito mau e eu lá acabei por comer tudo.
Aquí está outra coisa diferente da nossa. A comida, e a maneira de comer.
Saí do restaurante e fui visitar um templo. Que espectáculo!!! Estes budas são um máximo!
Passei lá uma longa hora. Eram agora 14:00 horas e fui visitar diversos sítios para ficar a conhecer melhor a acultura do Japão.
Eram 19:00 horas quando fui para o hotel descansar. Jantei ás 20.00 no hotel e não pedi talheres. Quis tentar comer com pauzinhos.
Ás 22:30 fui para as discotecas. Entrei e parei. Que é isto música Tecnho!?
As pessoas parecem marionetas! Áquilo é que se chama dançar? Fui pedir ao DJ para mudar de música e ele põs uma portuguesa. Estava a tentar espalhar a cultura portuguesa mas não estava a resultar. Também com músicas pimba!
Então pedi para ele pôr uma salsa e subi para uma mesa e pus-me a dançar com a primeira Japonesa que me apareceu á frente.
Bem, outra coisa que não era igual ás de Portugal. As discotecas portuguesas costumam estar cheias, mas as do Japão, pareciam o estádio da ADS, quando joga em casa. Ás moscas. Decidi ir a outras discotecas e não tinham muita gente. Fui perguntar a alguém o que se passava e disseram-me que as pessoas lá no Japão quaze que são capazes de passar mais tempo a trabalhar do que a estar em casa com a família.Que as pessoas respeitam muito o patrão.
Bem, já tinha aprendido outra coisa sobre a cultura deles. Mas será assim o dinheiro tão importante para eles? Não sabem aproveitar a vida? Será que só trabalham?
Eram 02:00 horas e decidi-me ir embora.
Com o cansaço da viagem e o da saída de ontem, decidi ficar a dormir até ás 11:00, mas ás 10.00 horas vieram tropar á porta. A esta hora a bater á porta? Mas quem será?
Abri a porta e apareceu-me uma mulher que disse: serviço de limpeza!
Eu pensei: só pode estar a gozar e fechei-lhe a porta na cara. Passado dez minutos tinha sido expulso do hotel.
Também já ia embora nesse dia e não me preocupei muito.
Fui comer a um restaurante e após visitar muitos monumentos e ter a minha máquina fotográfica bem cheia de recordações, estava na hora de ir embora.

Nesta viagem concluí que o Japão comparado com Portugal é muito diferente a começar pelos traços do corpo e terminar na comida. Fiquei contente por ficar a conhecer melhor esta cultura e a aprender a não fechar a porta na cara aos japoneses.


David Santos, nº11, 10ºE

Florença, Itália


“Itália sempre foi um dos meus destinos mais desejados.

No dia 5 de Maio, ao final da tarde, cheguei ao aeroporto de Florença, capital da região Toscana. Tinham chegado vários voos e via-se imensa gente. Mas não pude perder muito tempo no aeroporto, pois tinha transporte que me ia levar até ao hotel onde eu ia ficar alojada. Hotel Cerretani Firenze era o seu nome. A localização era fantástica! Ficava situado na principal rua de Florença, ligando a estação ferroviária até à catedral, e apenas a uma curta distância a pé dos principais monumentos no centro histórico.

Arrumei as malas e acomodei-me. Comi uma refeição leve e não consegui esperar mais, tive de satisfazer a minha curiosidade! Peguei na minha máquina fotográfica, indispensável, e na minha mochila e meti os pés à rua. Impressionou-me a quantidade de pessoas que andavam na rua àquela hora, visto serem 21h!

Andei a vaguear e fui até à zona do rio Arno, onde havia várias ruelas com bares muito simpáticos. Foi então que decidi entrar num dos bares da margem do rio, chamado La Dolce Vita. Estava um ambiente muito agradável! Uns sentados em mesas em amena cavaqueira, outros a dançar ao som de uma música típica italiana. Sentei-me ao balcão e logo uma figura muito simpática me atendeu! Era um senhor alto, de pele muito branca, com cabelos encaracolados escuros e olhos verde-esmeralda. “Buona sera!”, disse ele. Logo lhe respondi: “Buona sera, but I’m not Italian. I´m Portuguese.”. E foi este o início de uma longa conversa!

Quando dei conta das horas, já eram 23h45. Estava bastante cansada da viagem e regressei ao hotel.

Na manhã seguinte, levantei-me cedinho, por volta das 9h, e fui tomar o pequeno-almoço ao Acqua, um café que havia na rua do hotel. Comi uns pastéis tão bons que me tiraram a barriga de misérias!

Passear em Florença é como percorrer um museu ao ar livre, com uma obra-prima em cada esquina! Durante a manhã, visitei a Igreja de Ognissanti, com afrescos de Botticeli e Ghirlandaio, a Catedral de Santa Maria Novella, onde está a Trindade de Masaccio, e a Igreja do Espírito Santo, onde se encontra a Madonna de Filippino Lippi.

Depois daquela longa manhã, parei num restaurante chamado Antico Fattore. Estava ansiosa por provar um pouco da gastronomia italiana! Foi-me aconselhada uma sopa de legumes, de nome Ribollita, e frango à italiana, o chamado Pollo Alla Diavola. Absolutamente divinal!

Com a mochila às costas e a máquina fotográfica ao pescoço, lá fui eu pela rua fora. Dirigi-me à Piazza Della Signoria, o coração de Florença. Esta praça é dominada pela torre do Palazzo Vecchio, cercada por um grupo magnífico de esculturas, onde se destacam o Perseu de Cellini e o Rapto das Sabinas de Giambologna. Mais tarde, fui até ao Palazzo Strozzi, um verdadeiro testemunho da arte durante o Renascimento!

Por volta das 19h30, voltei ao hotel para tomar um duche e arranjar-me, pois ia desfrutar de um dos mais típicos hábitos de Florença, a ópera. Jantei no hotel e fui imediatamente para o Teatro Comunale. Foi realmente um grande espectáculo!

Infelizmente, tive de voltar para Portugal no dia seguinte, mas espero um dia voltar!”

Durante esta viagem, conheci e dialoguei com várias pessoas, não só italianos, e passei a conhecer um pouco mais da sua cultura. Comparativamente com Portugal, a cultura italiana é bastante diferente, principalmente pelos hábitos que se criam entre as pessoas. O simples facto de pessoas de todas as idades saírem para se divertir ou o hábito de ir ao teatro e/ou à ópera, coisa que em Portugal raramente acontece, marca a diferença. Em Itália, dá-se muito valor ao convívio e, depois desta viagem, também eu o comecei a valorizar. Tomei consciência de como conviver com outras culturas é enriquecedor e contribui para o nosso desenvolvimento pessoal e, por isso, sou a favor do interculturalismo fomentando o diálogo entre as diferentes culturas.

"Florença não é um lugar para quem aprecia construções de aço e alumínio. É a cidade dos apaixonados, dos artistas e dos sonhadores. Das pessoas que vêem a vida com olhos de poeta, ouvidos de músico e coração de quem ama. É uma cidade eterna, um momento iluminado de genialidade artística, e que pode ser sentido caminhando entre as suas ruas, praças e casas. É até mesmo muito mais do que isto. É um exemplo vivo do que a espécie humana pode fazer de bom quando se dedica a ideais elevados!"

9 de fevereiro de 2010

A mística cultura indiana

São 2h da manhã e finalmente chego á Índia, depois de uma longa viagem e digamos bastante extenuante. Decido ir descansar para no dia seguinte acordar e começar a explorar a cultura indiana.

São 7h da manhã, surpreendo-me a mim mesma e levanto-me logo que ouço o som incomodativo do meu fabuloso despertador. Levanto-me com gosto, coisa que no meu monótono dia-a-dia nunca o faço, sempre que ouço o som do despertador a única coisa que faço é carregar no botão ’repetir’ e virar-me para o outro lado.

Abro as cortinas e a luz do dia ilumina todo o meu quarto, um belo dia lá fora espera-me, por isso preparo-me apressadamente para aproveitar ao máximo o dia.

Percorro as ruas de Délhi, capital da Índia e sinto-me como uma habitante da Índia, pois todos me cumprimentam dizendo ‘Namasté’. Bom, sozinha dificilmente iria ficar a conhecer toda a lendária cultura indiana, por isso decidi ir a um templo onde se encontravam as pessoas mais sábias de toda a Índia, os brahamanas. Falei com um deles e perguntei se me podia ensinar algumas coisas da cultura indiana, mas com o intuito de me enriquecer mentalmente e espiritualmente. A resposta foi 'tike he'. Bem, presumi que tenha sido um sim, pois seguidamente a essa expressão o brahamana soltou um sorriso acolhedor.
Brahamana de nome Opash, vai acompanhar-me durante toda a minha viagem. Na primeira lição Opash diz-me que apesar da diversidade presente na cultura indiana, o povo indiano é extremamente ligado à nação, o que os torna uma sociedade muito tradicional.
Com o passar do tempo apercebo-me que tudo na Índia está relacionado com a espiritualidade. No entanto, Opash explica-me que apesar da força que a espiritualidade tem para a cultura indiana, o conhecimento tem um lugar central na vida dos indianos, pois o propósito de cada indiano é sair da escuridão e da ignorância e chegar à luz do conhecimento. Isto surpreendeu-me por completo, pois em Portugal e em muitos outros países europeus, se perguntarmos ás pessoas qual o seu objectivo de vida, muitas delas dizem com toda a convicção que é ter qualidade de vida e ser feliz. Bem ser feliz é realmente uma coisa importante, mas e conhecermo-nos a nós próprios? Não será primordial?
Esta viagem começa a deixar as suas marcas e a minha maneira de pensar modifica-se em muitos aspectos.

Opash dá-me mais uma sábia lição e diz que nas famílias indianas uma das coisas mais importantes é transmitir de geração em geração a sua cultura valorizando principalmente a culinária rica em temperos e especiarias, as vestimentas femininas sempre muito coloridas, a forte espiritualidade e as crenças em deuses.
Todas as expressões indianas têm um significado profundo e extremamente curioso, nomeadamente a expressão ‘Namasté’, que os indianos utilizam para se cumprimentarem. Eu, na minha modesta ignorância pensava que se tratava apenas de um ‘Olá’, mas não, e, na minha opinião é uma expressão com um significado divinal. Quando cumprimentamos alguém com a expressão ‘Namasté’ estamos efetivamente a dizer: ‘Tudo que é melhor é mais superior em mim cumprimenta tudo que é melhor e mais alto em você’. Mais uma prova de como a cultura indiana é surpreendente.


Último dia, última lição. Opash mostra-me como a vida é, aos olhos dos indianos. Na filosofia indiana a vida é um eterno ciclo, que termina no ‘centro’, coisa que só os que praticam o bem atingem. Os incidentes de percurso não são motivo de raiva, assim como os erros não são uma questão de pecado, mas sim uma questão de imaturidade da alma. A cultura indiana está divida em castas (grupos sociais) essa hierarquia implica que quanto mais alto se chega na escala, maiores são as obrigações. O ciclo da vida exige mais de quem é mais capaz.

Sinto-me uma pessoa completamente diferente e com outros objectivos de vida, no entanto um pouco desanimada pois descobri que a maioria das pessoas europeias não sabe o que é realmente viver e rege-se pelo materialismo. Tudo tem valor na vida das pessoas, no entanto esse valor é sempre atribuído ao material e não ao moral/espiritual. E esta, é a principal diferença entre os europeus e os indianos, a maneira de ver a vida.


A Índia cresceu como país, mas no entanto, nunca perdeu as suas crenças, costumes e valores culturais. Índia é decididamente um dos países mais místicos do mundo e com uma cultura para lá de interessante.





Olá, meu paizinho! Como vão as coisas por aí? Já se sentem saudades…

Isto aqui na Índia é totalmente diferente daí, quer em termos sociais, económicos, quer em climáticos, mas sinceramente, o que mais me está a impressionar nesta viagem são as fantásticas diferenças e variedades de cultura que cá existem, das diferentes religiões e até aos mais pequenos objectos (nas zonas da linha de pobreza) a que dão valor, aos quais nós aí, nem sequer pensamos em tal.
Vou-te falar do que eu acho, que realmente tu gostas e também do que é importante saber daqui, ou seja, da sua cultura e dos seus valores.

Ao pouco tempo que estou aqui, já compreendi que a cultura indiana é muito rica e diversificada. É uma cultura milenar que recebeu, com o passar dos séculos, várias influências orientais e ocidentais. Representa uma das civilizações mais antigas da história!

Aqui, a religião é muito mais valorizada pelo povo, é uma religião muito forte pois é considerada um dos berços religiosos das civilizações antigas. Grande parte dos indianos é seguidora do hinduísmo. Porém, existem também praticantes do islamismo, budismo, jainismo, siquismo e cristianismo. Uma das coisas interessantes, notável, é a forte ligação que esta religião tem com a filosofia. As principais correntes filosóficas são: budismo, yoga, jainismo, tantra, bramanismo e sankhya. Para veres como a religião aqui, é muito importante, até as festas indianas estão, grande parte, relacionadas com a religião.

Em Portugal, a maior parte da população inscreve-se numa tradição católica, como tu muito bem sabes, e pouco mais muda a sua ideia, todos nós seguimos tal. A nossa cultura, os nossos hábitos, a nossa sociedade, o nosso povo em geral, são bastantes diferentes dos do nosso “pequeno” país.

Falando-te agora da música, a música tradicional indiana é resultado da fusão musical dos diversos grupos étnicos e linguísticos da região. As letras seguem um carácter emotivo e descritivo. Um dos instrumentos musicais mais utilizados na música tradicional indiana é a tambura (instrumento de cordas). Bem, nós em termos de musica também somos bastante ricos, na área do folclore e do fado.

Na arquitectura histórica destacam-se os tempos (locais das cerimónias religiosas). Estes chamam a atenção pela sua beleza dos detalhes e riqueza na decoração. O Taj Mahal, situado na cidade de Agra, é uma das obras de arquitectura mais conhecidas deste país. Com influência islâmica, este mausoléu é considerado pela UNESCO como um Património da Humanidade.

Ao contrário de cá, a nossa arquitectura é uma arquitectura contemporânea que, contrapõe a, conceitos velhos e conservadores de tradições e modos de operar, a uma intenção afirmada, de inovar o espaço e construi-lo com conceitos, materiais e técnicas que permitam viver em pleno, a contemporaneidade.

A Índia ainda sofre com altos níveis de pobreza, o que não se consta no nosso país, e este tipo de pobreza, este tipo de sociedade, faz com que, automaticamente, darem valor a certas coisas que nós jamais daríamos ou pensaríamos.

A passagem por estas zonas fez me reflectir sobre o que é verdadeiro sofrimento, e com certeza, voltarei com uma nova visão da vida, e não te surpreendas se eu mudei em relação a certas coisas, pois a passagem por aqui, faz nos reflectir totalmente sobre o que anda á nossa volta, mas mesmo assim as pessoas cá são simpáticas, não são interesseiras, são uma população passiva e cheia de novidades para dar.

Acho que por agora, é tudo o que te tenho a dizer sobre este magnífico e surpreendente país, continuarei a explorar e darei noticias em breve .
Beijinhos e abraços para toda a família

O teu filhote, Samuel Martins
No dia 7 de Maio deixei Portugal e embarquei no que pensava ser uma viagem sem regresso. Meses de preparação, algumas aulas da sua lingua oficial, o suficiente para me desenrascar, e parti para a Rússia, Kazan mais precisamente. Aí vivia um querido e estimado conhecido meu, Nikolaye Pulichenko, que me ofereceu alojamento nesta desconhecida cidade. Niko era filho de um ex-colega do meu pai, português, que se casou com uma senhora russa. Por isso, falava razoavelmente português, o que facilitou bastante a minha integração.

O despertador toca.
São sete e meia da manhã.
O meu primeiro dia nesta cidade seria dedicado à exploração desta cidade, desta sociedade, desta cultura. A minha tardia chegada ontem não possibilitou que saisse.
Mas temperaturas negativas que o termómetro regista fazem-me ficar em casa durante a manhã com Niko, e à tarde sairia.
Desço as escadas e sinto já o cheiro de panquecas vindo da cozinha.
"Bom dia André"
Sentamo-nos à mesa e tomamos o pequeno almoço. Incrivelmente Niko já bebe a "sagrada" vodca.
É nesta altura que me começo a perceber um pouco da sociedade russa, ou pelo menos, da mentalidade deste povo.
Niko tem 25 anos, e trabalha desde os seus 12. Sempre com o mesmo trabalho, só estudou até ao quinto ano. Surprendido, questiono-o sobre a sua vontade de melhorar, de ter um emprego melhor e até mesmo de voltar a estudar.
"O povo russo, em geral, não é ambicioso e é normal que trabalhem a vida toda no mesmo, e por vezes, a receber o mesmo. O mais importante é a estabilidade.
Os estudos estão, de certa forma, "reservados" para os filhos dos ricos. A universidade uma utopia para pessoas como eu. "Nós" seguimos as pegadas dos nossos pais, ou simplesmente ocupamos as profissões que restam"
Ao aperceber-me do seu incómodo e até mesmo frustração com este assunto, tendo rapidamente mudar de conversa.
Hoje é domingo. Questiono-o porque não está no templo ortodoxo ao fundo da rua. (pensava ser a religião"dominante" aqui)
"Sou ateu. Tal como 50% dos russos, que se descrevem como ateus, agnóstico ou não crentes, não tendo religião. Aqui, isso não é tão importante como em Portugal."
Levanto-me. Arrumo a mesa. Niko percebe que me sinto espantado pelos valores desta sociedade, que parecem tão diferentes dos meus. Mas quais serão eles afinal?
"Sem dúvida a liberdade. Em geral, a maioria dos russos, principalmente os mais velhos, tem como valor primordial a liberdade. A repressão causada pelas tendências comunistas do país fez se sentir em toda a sua extensão. Os gulags (campos de concentração na Sibéria) eram temidos por todos, até mesmo apoiantes comunistas. Assim, apesar de muitos serem apoiantes, queda do comunismo trouxe-nos liberdade, algo que há muito não tinhamos."
A religião, a educação e a ambição são valores não prioritários para os russos. Isto é algo completamente diferente dos valores de maioria dos portugueses que valoram bastante a religião e a constante ambição de superarem os seus objectivos. Por outro lado, pelo menos a minha geração, não valoramos a liberdade como eles pois é algo que sempre tivemos e que nunca vimos afectado.
Não abandonei a Rússia devido a isto. Integrei-me na sociedade e aprendi a viver com as normas da sociedade.
Passei 10 meses em Kazan quando decidi voltar a casa.
Esta "viagem" fez-me realmente perceber as grandes diferenças entre estas duas culturas e que não existem valores (positivos) certos nem errados, apenas diferentes.

A cultura da Jordânia


Estou cansada dos problemas sociais que actualmente se vivem em Portugal, devido principalmente a imigração, portanto resolvi fazer uma viagem onde possa contactar com outras sociedades que possuem culturas diferentes. O destino escolhido foi a Jordânia. Parti de Portugal no dia 16 de Janeiro e voltei no dia 2 de Fevereiro.
Quando aterrei em Amã, capital da Jordânia, senti que lá fora um mundo novo me aguardava. Lá a cultura, isto é, o modo de vida próprio de uma sociedade, é predominantemente árabe onde se pratica a religião mas sem exageros e com mentalidade moderna. Neste país a maioria dos habitantes é muçulmano e portanto possuem regras e perdões diferentes dos meus. Na Jordânia existe também alguns cristãos, no entanto estes vivem num mundo completamente à parte dos muçulmanos, sofrem de relativismo cultural. O povo islâmico tolera as suas expressões culturais, contudo rejeitam qualquer hipótese de contacto entre ambas as culturas. Esta atitude face à diversidade cultural promove a separação e por vezes leva ao isolamento e a estagnação.
O meu principal objectivo era entrar em contacto com os valores culturais islâmicos, ainda pouco explorados pelo ocidente, logo respeitar a cultura e o credo do país era primordial. Na Jordânia, em locais mais turísticos, as mulheres ocidentais passam despercebidas. Mas em determinadas regiões das principais cidades, incluindo Amã, é preciso ter cuidado com o vestuário. Antes da minha partida fui avisada para evitar saias curtas e decotes.
Na cultura islâmica alguns dos critérios trans-subjectivos de valoração, estabelecidos à escala mundial, não são respeitados tais como o critério da dignidade humana, devido ao facto da mulher ainda ser uma das principais vítimas da descriminação social. Durante a minha estadia, reparei que homens e mulheres não se misturavam livremente em situações públicas e por vezes isso incomodava-me. No entanto tal facto tem vindo a ser combatido de modo a fomentar a justiça e a tolerância.
Concluindo, esta viagem ajudou-me a tomar consciência da diversidade cultural que existe à nossa volta e a perceber que o conceito de cultura consiste, não só naquilo que acreditamos, mas também em tudo o que recebemos, transmitimos e inventamos. O meu objectivo foi atingido e na minha opinião há que promover o diálogo intercultural de modo a possibilitar o enriquecimento mútuo de todas as culturas, formando assim um mundo pluralista.
Daniela Silva nº10

A minha viagem aos Emirados Árabes Unidos

Um dos meus maiores sonhos era ir ao Dubai, Emirados Árabes Unidos, eu via revistas, jornais com paisagens fabulosas, mas o preço, mas com um jeitinho ali e outro acolá lá consegui ir ao Dubai.
Quando cheguei ao Dubai, parecia que tinha entrado no inferno, mal se abriram as portas do avião senti o vento quente a entrar-me pelo corpo adentro, parecia mesmo o inferno, comecei a suar e sentia-me bastante desconfortável, dirigi-me rapidamente para o terminal das bagagens e tive a sorte das minhas malas serem das primeiras a chegar, agarrei nelas e apanhei o primeiro táxi que vi á frente, entretanto cheguei ao hotel, o hotel era outra coisa, estava fresco e sentia-me confortável, até vir um homem á minha beira e começar-me a abraçar e a dar um beijo na testa, senti-me desconfortável pois não o conhecia de lado algum, dirigi-me á recepção onde estava uma senhora, que digamos, para mim era um pouco fora do comum, tinha um enorme xaile vermelho á volta da cabeça e roupas claras era morena que se fartava, deu-me as boas vindas em Inglês e fiz o check-in e foi aí que ela me disse que aquele homem era o bagageiro, este levou-me para o quarto e deixou lá as minhas malas agradeceu pela gorjeta e foi-se embora. O quarto era bastante moderno e tinha vista para o mar, sorte a minha! Apreciei um pouco o mar e acabei por jantar no quarto com umas sandes que tinha na mochila e depois adormeci.
No dia seguinte, foi acordado pela luz forte do sol e o calor avassalador, levantei-me e deparei-me com um cenário, provavelmente o melhor da minha vida, a água do mar estava azul e a areia era tão branca que até feria os olhos só de olhar para ela, nem pensei mais agarrei na toalha vesti o fato de banho e fui logo para baixo, para tomar o pequeno-almoço. O pequeno-almoço, esse também deve ter sido das coisas únicas que vi na vida, não existia pão, queijo e fiambre e muito menos e café ou leite nem se vendia e o que existia era só para os mais ricos, disse-me uma funcionária do hotel, é de realçar que estava num hotel de 3 estrelas e portanto não podia esperar propriamente um banquete á rico, comi bacon e um pouco de ovos mexidos e um sumo de maracujá para acompanhar e nem toquei na galinha frita e feijão de mel, que só o aspecto já dizia tudo. Depois do pequeno-almoço foi á praia, quer dizer nem fui, a areia estava a escaldar e água quente estava, não consegui ficar, aliás nem eu nem ninguém excepto um velhote que estava a vender gelados, voltei para o hotel e fui para a piscina e soube-me bastante bem a água estava fresquíssima. De tarde foi almoçar com um amigo meu que também tinha chegado de Portugal, ele já tinha estado no Dubai e portanto levou-me a um restaurante conhecido dele, restaurante esse que era divinal e imaginem só, nesse restaurante tinha comida de todos os tipos, desde a portuguesa á italiana e até chinesa, eu comi um bife com esparguete acompanhado com um vinho português, adorei o almoço. De seguida fomos ao centro histórico do Dubai, achei-o muito estranho as pessoas tinham um olhar feio e então para estrangeiros e fazia-me bastante confusão as mulheres andarem praticamente disfarçadas de fantasmas, além disto, a religião é muito diferente, pensava encontrar uma igreja, visto que os europeus e até portugueses já colonizaram aquele país, mas de certeza que deram cabo de tudo o que restava, o que eu vi era uma espécie de palácios, que eles chamam mesquitas, para praticar a religião deles, o islamismo. Às 19:00h voltei para o hotel e durante o caminho foi a apreciar os enormes arranha-céus, mas triste, pois o meu amigo iria para Abu Dhabi, a capital dos Emirados. Era o jantar, outra vez era único, nunca tinha visto um igual, a minha sorte era que havia uns rissóis, que agarrei neles e fiz deles o meu jantar, acompanhado de música típica árabe.
No outro dia, estava-me a preparar para vir embora e quando cheguei a Portugal percebi que afinal aquilo que às vezes nós queremos muito nem sempre corresponde á realidade, e tanto fui que nem gozei das praias, ditas fabulosas do Dubai.
Adeus e espero que tenham gostado da minha passagem pelo Dubai, Emirados Árabes Unidos.
Ivo Almeida Amaral, nº15, 10ºE

Uma viagem espiritual - Índia


No dia 8 de Agosto cheguei eu à Índia pronta para iniciar uma das viagens da minha vida, mas para tornar tudo mais real e apetecível instalei-me num ashram no alto dos Himalaias, numa tribo chamada samadhi. Fui a dormitar durante a viagem nocturna, acordando de vez em quando para espreitar pela janela deslumbrando as maravilhas daquele país.
A tribo Samadhi significa “o auge do auto-conhecimento e absorção meditativa” e mais do que ninguém, estes povos reinavam o dom da sabedoria e bem estar. Desde o primeiro dia que os vi, invejei-os pela sua juventude, serenidade e harmonia e apesar de serem bem mais velhos do que eu possuíam ainda o brilho e o encanto de uma criança, ambos aspectos que já tinha perdido no meio das adversidades da vida mas, que esperava recuperar brevemente.
Após instalar-me num quarto bastante módico, sem qualquer tipo de cama aparente, acomodei-me e comecei a entrar no verdadeiro espírito do templo.
Na manhã seguinte, eram já 5 da madrugada e todos os hóspedes se encontravam em salas distintas meditando e praticando os seus mantras habituais. Do meu pequeno quarto só conseguia ouvir a repetição incessante do mantra “Om Namah Shivaya” que em português significa “Venero a divindade que mora dentro de mim”. Fiquei maravilhada pelo empenho e dedicação daquele brilhante comunidade. Ao contrário dali, em Portugal começo a trabalhar as 9h da manhã e acordo no mínimo ás 8h15, a única diferença é que no meus país faço tudo ás três pancadas, chegando a calçar-me no elevador enquanto saboreio a minha maça matinal, mas aqui não. Aqui todos têm prazer de levantar-se antes do Sol nascer para contemplar e abraçar a sua chegada, fazendo aquilo que lhes dá mais prazer, descobrir quem realmente são.
Antes do sol nascer, dirigi-me para uma pequena sala com a minha guru e lá aprendi conceitos básicos de meditação e mantras. A minha guru disse-me que “A meditação é simultaneamente a âncora do yoga” e há uma grande diferença entre meditação e oração, enquanto a oração é o acto de falar com o Divino a meditação é o acto de ouvir. Após de escutar e similar estes pequenos conhecimentos dirigi-me para um pátio escuro, onde pus em prática a meditação e a entoação dos mantras.
Chegou a hora do jantar, e como não conhecia ninguém sentei-me sozinha. A minha guru está sempre a encorajar-nos para comermos moderadamente, associando muitos problemas de falta de concentração com a digestão de cada um de nós. Sempre achei difícil passar um dia sem comer carne, sou, ou melhor era, uma carnívora nata e um bom cozido à portuguesa ou uma tradicional feijoada sempre me fez palpitar mas aqui a comida é vegetariana, leve e saudável mas ao mesmo tempo maravilhosa por isso é difícil comer sem a devorar.
Durante toda a minha esta estadia queria conhecer os pontos turísticos da Índia mas disseram-me “Esquece as visitas turísticas. Tens o resto da vida para isso. Estás numa jornada espiritual. Aqui tens um convite pessoal de Deus e ao começares a ir regularmente aquela cave de meditação, prometo-te que vais começar a ver coisas ainda mais belas que o Taj Mahal.” E assim foi.

Posso dizer que o mês que passei na Índia, foi um mês incrível para mim, um mês onde consegui repor e pensar nos meus valores, naquilo que realmente quero e preciso para levar uma vida em pleno. “Quero eu uma vida stressante mas com uma conta bancária bastante apetecível? Ou quero eu uma vida em pleno, com dinheiro suficiente para fazer tudo aquilo que me dá mais prazer?”, “E afinal quais são os meus prazeres? Um iate para dar uns passeios pela Riviera francesa ou uma auto descoberta?”. Bem que as duas me dão uma enorme satisfação, mas nesta viagem aprendi que o essencial é aquilo que possuímos interiormente e isso não quer dizer que deixemos de ter pequenos luxos, quer sim dizer que o mais importante é termos uma base, um apoio, uma personalidade e não um Ferrari, um anel de diamantes ou uma bolsa xpto. Se deixarei de lado os meus bens materiais? Não, mas de certeza que a partir de hoje vou passar a interessar-me muito mais com o ser e não com o parecer.



Diva Oliveira nº 12


O Amor

"O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar.."
Fernado Pessoa

Beatriz nº1