No dia 8 de Agosto cheguei eu à Índia pronta para iniciar uma das viagens da minha vida, mas para tornar tudo mais real e apetecível instalei-me num ashram no alto dos Himalaias, numa tribo chamada samadhi. Fui a dormitar durante a viagem nocturna, acordando de vez em quando para espreitar pela janela deslumbrando as maravilhas daquele país.
A tribo Samadhi significa “o auge do auto-conhecimento e absorção meditativa” e mais do que ninguém, estes povos reinavam o dom da sabedoria e bem estar. Desde o primeiro dia que os vi, invejei-os pela sua juventude, serenidade e harmonia e apesar de serem bem mais velhos do que eu possuíam ainda o brilho e o encanto de uma criança, ambos aspectos que já tinha perdido no meio das adversidades da vida mas, que esperava recuperar brevemente.
Após instalar-me num quarto bastante módico, sem qualquer tipo de cama aparente, acomodei-me e comecei a entrar no verdadeiro espírito do templo.
Na manhã seguinte, eram já 5 da madrugada e todos os hóspedes se encontravam em salas distintas meditando e praticando os seus mantras habituais. Do meu pequeno quarto só conseguia ouvir a repetição incessante do mantra “Om Namah Shivaya” que em português significa “Venero a divindade que mora dentro de mim”. Fiquei maravilhada pelo empenho e dedicação daquele brilhante comunidade. Ao contrário dali, em Portugal começo a trabalhar as 9h da manhã e acordo no mínimo ás 8h15, a única diferença é que no meus país faço tudo ás três pancadas, chegando a calçar-me no elevador enquanto saboreio a minha maça matinal, mas aqui não. Aqui todos têm prazer de levantar-se antes do Sol nascer para contemplar e abraçar a sua chegada, fazendo aquilo que lhes dá mais prazer, descobrir quem realmente são.
Antes do sol nascer, dirigi-me para uma pequena sala com a minha guru e lá aprendi conceitos básicos de meditação e mantras. A minha guru disse-me que “A meditação é simultaneamente a âncora do yoga” e há uma grande diferença entre meditação e oração, enquanto a oração é o acto de falar com o Divino a meditação é o acto de ouvir. Após de escutar e similar estes pequenos conhecimentos dirigi-me para um pátio escuro, onde pus em prática a meditação e a entoação dos mantras.
Chegou a hora do jantar, e como não conhecia ninguém sentei-me sozinha. A minha guru está sempre a encorajar-nos para comermos moderadamente, associando muitos problemas de falta de concentração com a digestão de cada um de nós. Sempre achei difícil passar um dia sem comer carne, sou, ou melhor era, uma carnívora nata e um bom cozido à portuguesa ou uma tradicional feijoada sempre me fez palpitar mas aqui a comida é vegetariana, leve e saudável mas ao mesmo tempo maravilhosa por isso é difícil comer sem a devorar.
Durante toda a minha esta estadia queria conhecer os pontos turísticos da Índia mas disseram-me “Esquece as visitas turísticas. Tens o resto da vida para isso. Estás numa jornada espiritual. Aqui tens um convite pessoal de Deus e ao começares a ir regularmente aquela cave de meditação, prometo-te que vais começar a ver coisas ainda mais belas que o Taj Mahal.” E assim foi.
Posso dizer que o mês que passei na Índia, foi um mês incrível para mim, um mês onde consegui repor e pensar nos meus valores, naquilo que realmente quero e preciso para levar uma vida em pleno. “Quero eu uma vida stressante mas com uma conta bancária bastante apetecível? Ou quero eu uma vida em pleno, com dinheiro suficiente para fazer tudo aquilo que me dá mais prazer?”, “E afinal quais são os meus prazeres? Um iate para dar uns passeios pela Riviera francesa ou uma auto descoberta?”. Bem que as duas me dão uma enorme satisfação, mas nesta viagem aprendi que o essencial é aquilo que possuímos interiormente e isso não quer dizer que deixemos de ter pequenos luxos, quer sim dizer que o mais importante é termos uma base, um apoio, uma personalidade e não um Ferrari, um anel de diamantes ou uma bolsa xpto. Se deixarei de lado os meus bens materiais? Não, mas de certeza que a partir de hoje vou passar a interessar-me muito mais com o ser e não com o parecer.
Diva Oliveira nº 12
olá boa noite. gostei muito de ler este texto, essa experiência deve ter sido realmente muito interessante. encontrei este blogue quando pesquisava por algumas dicas para fazer uma viagem pela india. gostava de saber se me podia dar alguma informação de como encontrar uma guru e de como tratar de tudo para fazer uma viagem semelhante à sua. obrigada.
ResponderEliminarOlá! Pretendo ir àìndia em 2011 e preciso saber como conseguir uma guru para minha estadia lá. Gostaria, inclusive de ir com algumas pessoas. Sabe onde posso me informar sobre isso?
ResponderEliminarSuzane Jales
sjales@globo.com
Boa noite! encontrei este blogue quando pesquisava acerca de uma viagem pela india. gostava de saber se me podia dar alguma informação de como encontrar uma guru e de como tratar de tudo para fazer uma viagem semelhante à sua. obrigada.
ResponderEliminarNamasté
(sdl2012@hotmail.com)
Boa noite, adorei ler a sua experiência, pode me dar alguma informaçao como fazer uma viagem destas ?
ResponderEliminarCumprimentos
Filipe Lopes
filipe@laser.pt
Boa noite! encontrei este blogue quando pesquisava acerca de uma viagem pela india. gostava de saber se me podia dar alguma informação de como encontrar uma guru e de como tratar de tudo para fazer uma viagem semelhante à sua. obrigada.
ResponderEliminarNamasté
(amandahr2@hotmail.com)
Boa Noite
ResponderEliminarTB precisava de uma viagem destas podes ajudar-me ?
davidmanuelmarcosoliveira@gmail.com
Boa tarde
ResponderEliminarGostaria de saber como fazer uma viagem dessas, se me puder diponibilizar informação para o meu e-mail, agradeço.
arcanjo@netmadeira.com
Boa Tarde!
ResponderEliminarGostaria de maiores informações sobre a sua viagem. Poderia pegar o seu e-mail? O meu é rafael.dias@uerr.edu.br