9 de fevereiro de 2010

A cultura da Jordânia


Estou cansada dos problemas sociais que actualmente se vivem em Portugal, devido principalmente a imigração, portanto resolvi fazer uma viagem onde possa contactar com outras sociedades que possuem culturas diferentes. O destino escolhido foi a Jordânia. Parti de Portugal no dia 16 de Janeiro e voltei no dia 2 de Fevereiro.
Quando aterrei em Amã, capital da Jordânia, senti que lá fora um mundo novo me aguardava. Lá a cultura, isto é, o modo de vida próprio de uma sociedade, é predominantemente árabe onde se pratica a religião mas sem exageros e com mentalidade moderna. Neste país a maioria dos habitantes é muçulmano e portanto possuem regras e perdões diferentes dos meus. Na Jordânia existe também alguns cristãos, no entanto estes vivem num mundo completamente à parte dos muçulmanos, sofrem de relativismo cultural. O povo islâmico tolera as suas expressões culturais, contudo rejeitam qualquer hipótese de contacto entre ambas as culturas. Esta atitude face à diversidade cultural promove a separação e por vezes leva ao isolamento e a estagnação.
O meu principal objectivo era entrar em contacto com os valores culturais islâmicos, ainda pouco explorados pelo ocidente, logo respeitar a cultura e o credo do país era primordial. Na Jordânia, em locais mais turísticos, as mulheres ocidentais passam despercebidas. Mas em determinadas regiões das principais cidades, incluindo Amã, é preciso ter cuidado com o vestuário. Antes da minha partida fui avisada para evitar saias curtas e decotes.
Na cultura islâmica alguns dos critérios trans-subjectivos de valoração, estabelecidos à escala mundial, não são respeitados tais como o critério da dignidade humana, devido ao facto da mulher ainda ser uma das principais vítimas da descriminação social. Durante a minha estadia, reparei que homens e mulheres não se misturavam livremente em situações públicas e por vezes isso incomodava-me. No entanto tal facto tem vindo a ser combatido de modo a fomentar a justiça e a tolerância.
Concluindo, esta viagem ajudou-me a tomar consciência da diversidade cultural que existe à nossa volta e a perceber que o conceito de cultura consiste, não só naquilo que acreditamos, mas também em tudo o que recebemos, transmitimos e inventamos. O meu objectivo foi atingido e na minha opinião há que promover o diálogo intercultural de modo a possibilitar o enriquecimento mútuo de todas as culturas, formando assim um mundo pluralista.
Daniela Silva nº10

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