16 de maio de 2010

ABRAÇO ... porque a SIDA existe.


No passado dia 23 de Abril realizamos uma visita de estudo a Lisboa. Esta dividiu-se em duas partes: a visita ao Pavilhão do Conhecimento e à Abraço, sendo esta na minha opinião, a mais surpreendente e a que contribuiu mais para a nossa aprendizagem e vivência em sociedade, a qual já tinha sido discutida nas aulas de Filosofia, leccionadas pela professora Diana Tavares. A Abraço é uma associação que foi criada em 1992 por um grupo de amigos, que se organizaram para ajudar um amigo seu que tinha SIDA, o João Carlos. Apesar de João Carlos ter acabado por falecer , a associação não parou e continuou a prestar apoio psicológico, social e material a pessoas com o VIH. A professora Diana geralmente "chama" às turmas de científico, como estas em questão, "cientistas", devido ao facto de darmos bastante importância ao lado científico das coisas e nos esquecermos do resto, o que não é totalmente errado na minha opinião. Por isto, penso que a professora nos queria mostrar principalmente a dimensão pessoal e social da vivência com o VIH, mais do que como é que ele afecta o nosso organismo, pois já estamos, de uma forma geral, "saturados" de informação nesse sentido. Esta visita serviu principalmente para nos fazer acordar e aperceber que a transmissão do vírus não é um problema só dos outros, mas de toda a sociedade. Na rua, na escola, nos cafés e nos bares que frequentamos, esse vírus pode estar presente, algo que penso que muitos de nós não nos tínhamos apercebido realmente. Foi necessário estar naquele ambiente, ouvir aquelas histórias de vida de pessoas infectadas que recorrem à Abraço à procura de conforto e de abrigo, para percebermos realmente que um dia posso ser eu ou tu, porque o VIH não é racista. Não interessa se és homem ou mulher, preto ou branco. Um dia, podes apanhar o vírus que te pode destruir toda a vida.
Foi isto que, durante algum tempo naquela manhã de sexta-feira, Sérgio Luís nos transmitiu. Penso que ninguém esperava que aquele encontro fosse tão marcante, mas a verdade é que ninguém presente pôde ficar indiferente ao que aconteceu naquela sala.
Em suma, todos aqueles que participaram naquela experiência marcante se vão lembrar dela para o resto da vida e, se possível, transmiti-la a mais pessoas.
Por isso, PROTEGE-TE e faz o teste se tiveste comportamentos de risco. Não sejas outro "João Carlos".

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