15 de dezembro de 2009

" A acção humana inscreve-se na pluralidade"

O Homem vive em comunidade com o outro e as instituições, é criado em comunidade, o que vai reflectir nos seus actos e acções. O outro é crucial nestas decisões, é ele quem nos julga e é a sua presença que nos faz reflectir sobre nós mesmos, a analisarmo-nos e a corrigir os nossos actos e o olhar que nos desenvolve é o agente, o formador do nosso eu, em parte, é o motivador do sentido das nossas acções. E temos as instituições, integrar-se em instituições que protegem o individuo, promovem a sua formação e estabelecem uma ordem e um equilíbrio, sem os quais a existência e o bem-estar individuais seriam deveras comprometidos. Instituições deriva da palavra "stat", prsente em estar e estabilidade e aplica-se a algo que se mantém e equilibra. Exemplos destas instituições são os lares, os hospitais, a segurança privada, etc. São estas as acções humanas que nos distingue e diferencia do outro. As acções humanas contêm uma rede conceptual da acção, onde se encontram o agente, que é aquele que pratica a acção, existe uma intenção, que será o porque da acção, o propósito e o motivo, que se liga ao "para que" da intenção, a causa da intenção. Podemos considerar as acções humanas ou actos humanos aquilo que o Homem faz conscientemente, voluntariamente e intencionalmente. São diversas estas acções, por isso é que se diz que se inscreve no campo da pluralidade.
O Homem é o único ser vivo que é capaz de agir. Todos os outros reagem, embora, por vezes, as suas acções ou actos sejam de base biológica. Podemos assim dizer que o Homem é o único ser com a capacidade de ser livre, ele age, ele pensa, ele pondera e acima de tudo possui a responsabilidade, o que é um factor importante para a procura da liberdade. O Homem é livre de escolher as suas acções, e liberdade não implica apenas sabermos distinguir o bem do mal, o justo do injusto, mas também sobretudo agir em função de valores em que nós próprios escolhemos e acreditamos. O Homem define-se pelo agir, pela sua liberdade de escolher o seu caminho, de ponderar e escolher as suas possibilades, pelo arriscar, ao contrário do animal que age por instinto.
O tal dito Homem não era capaz de tais coisas sem o tal chamado de determinismo. Diz-se determinismo, uma teoria filosófica, que se suheita, tal como os demais da Natureza, o carácter fixo e inalterável das leis. Há vários formas assumidas de determinismo, e em todas elas, o Homem aparece sem vontade própria pelo que não pode ser o verdadeiro actor dos seus actos. O Homemé uma realidade em aberto, é uma realidade continuada, isto é, é um "artifície de si mesmo" . O Homem é um criador, um verdadeiro mago do Mundo.
A marca da Humanidade são a cultura, as tradições, costumes, mas principalmente a cultura, e é esta que também nos diferencia e nos distingue do outro.


Samuel Martins

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